Ela: o que é o amor na era digital
Ela: filme estrelado por Joaquin Phoenix
A CARA DA SEGUNDA DÉCADA DO SÉCULO XXI
As inquietações e dificuldades dos jovens em relação ao amor e aos relacionamentos sempre foram vetores da literatura. Talvez seja esse o tema mais recorrente entre todos os romances já escritos e que ainda serão criados. Todos eles, é inevitável, acabam refletindo o seu tempo. Assim também é com os filmes. Apesar de se passar no futuro, o filme Ela, escrito e dirigido por Spike Jonze, reflete a mentalidade da segunda década do século XXI.
Aqui, Joaquim Phoenix vive Theodore, um escritor atormentado – um pleonasmo? – que não resiste à voz rouca e sussurrada da deusa digital Scarlett Johanssonn e se apaixona perdidamente. Ela não passa de um sistema operacional inteligente, que existe num plano intocável da realidade, mas tem personalidade e poder de sedução suficientes para tirar o sujeito do sério. Vulnerável e carente após a separação, o escritor passa a viver todas as fases de um relacionamento amoroso, deixando-se levar pelo romantismo até mergulhar num mar de decepções e incertezas.
Ela é ambientado e conduzido como um filme de ficção científica, mas é uma comédia dramática com pitadas exageradas de romantismo. Fala da confusão entre o real e o virtual que aos poucos vai tomando conta do homem contemporâneo. Reflete as novas dificuldades que a tecnologia impôs aos nossos relacionamentos. Desperta emoções diferentes em cada espectador – alguns o consideram triste e melancólico, outros saem do cinema inspirados e esperançosos. No final das contas, é um filme sobre as inquietações e dificuldades dos jovens em relação ao amor e aos relacionamentos.
O cinema de Jonze é impulsivo e intuitivo. Não parece seguir um método criativo específico e busca a colaboração com os atores e profissionais envolvidos na realização. Seus outros filmes – entre eles Quero ser John Malkovich e Adaptação – refletem essa inquietude vibrante. Ao escrever Ela, o diretor criou um universo instigante, sob medida para os talentos de Joaquin Phoenix, Amy Adams e Scarlett Johanssonn. E também recebeu o Óscar de melhor roteiro original!
Para finalizar, quero lembrar que contemporaneidade é um atributo ligado ao cinema, não aos filmes. O cinema vai incorporando tecnologias, processos e facilidades que o aproximam da atualidade. Já os filmes refletem sua época. Quando feitos com arte, têm maior prazo de validade. Porém, cedo ou tarde envelhecem, sujeitos ao julgamento do tempo. Assim como as obras literárias. Esse é um filme para ser degustado enquanto é tempo!
Aqui, Joaquim Phoenix vive Theodore, um escritor atormentado – um pleonasmo? – que não resiste à voz rouca e sussurrada da deusa digital Scarlett Johanssonn e se apaixona perdidamente. Ela não passa de um sistema operacional inteligente, que existe num plano intocável da realidade, mas tem personalidade e poder de sedução suficientes para tirar o sujeito do sério. Vulnerável e carente após a separação, o escritor passa a viver todas as fases de um relacionamento amoroso, deixando-se levar pelo romantismo até mergulhar num mar de decepções e incertezas.
Ela é ambientado e conduzido como um filme de ficção científica, mas é uma comédia dramática com pitadas exageradas de romantismo. Fala da confusão entre o real e o virtual que aos poucos vai tomando conta do homem contemporâneo. Reflete as novas dificuldades que a tecnologia impôs aos nossos relacionamentos. Desperta emoções diferentes em cada espectador – alguns o consideram triste e melancólico, outros saem do cinema inspirados e esperançosos. No final das contas, é um filme sobre as inquietações e dificuldades dos jovens em relação ao amor e aos relacionamentos.
O cinema de Jonze é impulsivo e intuitivo. Não parece seguir um método criativo específico e busca a colaboração com os atores e profissionais envolvidos na realização. Seus outros filmes – entre eles Quero ser John Malkovich e Adaptação – refletem essa inquietude vibrante. Ao escrever Ela, o diretor criou um universo instigante, sob medida para os talentos de Joaquin Phoenix, Amy Adams e Scarlett Johanssonn. E também recebeu o Óscar de melhor roteiro original!
Para finalizar, quero lembrar que contemporaneidade é um atributo ligado ao cinema, não aos filmes. O cinema vai incorporando tecnologias, processos e facilidades que o aproximam da atualidade. Já os filmes refletem sua época. Quando feitos com arte, têm maior prazo de validade. Porém, cedo ou tarde envelhecem, sujeitos ao julgamento do tempo. Assim como as obras literárias. Esse é um filme para ser degustado enquanto é tempo!
Resenha crítica do filme Ela
Data de produção: 2013
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze
Elenco: Joaquin Phoenix, Amy Adams, Rooney Mara, Olivia Wilde e Scarlett Johansson
5G , 6G , AI ,mais velocidade de conexão, para nos manter conectados...afastados...Mundo real , mundo virtual , talvez se possa escolher em qual viver , quanto de cada mundo e quando.
ResponderExcluirSim, Paula Garrido, e ainda assim, com tudo isso, as questões envolvendo amor e relacionamento continuarão centrais na vida do ser humano. Nossas emoções e as emoções que projetamos sobre os outros - ou sobre as máquinas!
ExcluirEu entendo perfeitamente o Theodore, ele se apaixonou pelo amor. Ele criou uma fantasia em cima de uma voz digital. Mas não é isso que muitas vezes fazemos? Com sede de amar, amando o amor, criamos uma fantasia por uma pessoa real. A pessoa existe, mas todos aqueles atributos que nos fizeram amá-la estão apenas na nossa fantasia.
ResponderExcluirNelson Rodrigues tinha uma coluna em um jornal, onde respondia através de um pseudônimo, consultas amorosas. Uma mulher queria saber por que amava mais o marido, namorado, não lembro, quando ele estava longe. Nelson respondeu que era simples: porque quando ele estava longe, ela podia idealizá-lo, ele correspondia ao seu ideal de amor. Mas quando perto, ela constatava que não era bem assim.
Ah, esse é o puro amor platônico, Cecília! Viva o romantismo e os românticos!!!!
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